Tietê Hoje

Aprofundamento da Calha do Tietê - Primeira etapa
Financiamento Japan Bank International Coorperation (JBIC)

DAEE completou em dezembro de 2000 o aprofundamento de 16 mil metros da calha do Rio Tietê no trecho entre o Cebolão e o início do lago da barragem Edgard de Souza. A obra faz parte do pacote de obras contra enchentes na Região Metropolitana, financiado pelo governo japonês através do Japan Bank International Coorporation (JBIC).

Aprofundamento médio - 2,5 metros
Extensão - 16 quilômetros.
Municípios - São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuiba e Santana de Parnaiba.

Vazões

- Altura do Cebolão (abaixo da barragem móvel) - de 640 para 1048 m3/s
- Altura de Edgard de Souza - de 710 para 1434 m3/s

Volume escavado - 4 milhões de m3 (inclui rochas e assoreamento)

Início da obra - junho de 1998
Término da obra - dezembro de 2000

Aprofundamento da Calha do Tietê - Segunda etapa

Investimento - R$ 688,3 milhões
- JBIC ( Japan Bank International Coorporation) - R$ 498 milhões (dez/2001)
- Governo do Estado de São Paulo - R$ 190,3 milhões (dez/2001)

Início das obras - 10 de abril de 2002
Prazo de obras - 30 meses

Principais quantitativos das obras

Extensão - 24,5 quilômetros (Cebolão / Barragem da Penha)
Aprofundamento médio - 2,5 metros

Volume de escavação

- Solo - 6 milhões de metros cúbicos
- Rochas - 800 mil metros cúbicos

Muros de contenção - 19 mil metros
Gabiões - 1 milhão de metros quadrados
Concreto - 100 mil metros cúbicos
Tirantes - 20 mil metros
Equipamentos mecânicos (comportas) - 220 toneladas

Pontes - Reforço de Fundação

- Piqueri
- Cruzeiro do Sul (2 tabuleiros)

Desemboques e afluentes - 62
Galerias e Bueiros - 300
Descarregador de Fundo - 1
Eclusa de Navegação - 1
Sifão de Esgotos em Túnel - 1

Vazões do Tietê

- Altura da foz do Aricanduva - de 210 para 561 m3/s
- Altura da foz do Tamanduateí - 270 para 640 m3/s
- Altura do Cebolão - de 640 para 1048 m3/s

4 Frentes de Trabalho

Lote 1

- Extensão: 6.060 metros (foz do Pinheiros até 600 metros acima da Ponte do Piqueri);
- Consórcio CBPO / Queiroz Galvão / Construcap (CBPO Engenharia Ltda., Construtora Queiroz Galvão e Construcap CCPS Engenharia e Comércio SA)

Lote 2

- 6.400 metros (600 metros acima da Ponte do Piqueri até a foz do rio Tamanduateí);
- Consórcio OAS / Carioca / Mendes Júnior (Construtora OAS Ltda., Carioca Christiani - Nielsen Engenharia SA e Mendes Júnior Trading e Engenharia SA)

Lote 3

- 5.660 metros (foz do Tamanduateí até 350 metros abaixo da Ponte do Tatuapé);
-Consórcio Andrade Gutierrez / Mape (Construtora Andrade Gutierrez SA e Mapa SA Construções e Comércio)

Lote 4

- 6.450 metros (350 metros abaixo da Ponte do Tatuapé até a Barragem da Penha)
- Consórcio Camargo Corrêa / Enterpa / Serveng (Construções e Comércio Camargo Corrêa SA, Enterpa Engenharia Ltda., e Serveng - Covilsan SA Empresas Associadas de Engenharia).

Projeto Tietê


O Projeto Tietê foi criado pelo Governo do Estado de São Paulo em 1992. Ele foi dividido em 3 etapas, das quais a primeira já foi concluída. À Sabesp coube um papel primordial: acabar com a poluição gerada pelos esgotos da Região Metropolitana de São Paulo. Os resultados já beneficiam a população atendida pela empresa: os índices de coleta de esgoto passaram de 63%, em 1992, para 80%, em 1998, e os índices de tratamento passaram de 20% para 60%. A mancha de poluição das águas do Rio Tietê no interior do Estado recuou mais de 50 km. Com o Emissário Pinheiros, concluído no início de 2000, 84 toneladas de esgotos deixaram de ser lançadas no Rio Pinheiros diariamente, sendo encaminhados para a Estação de Tratamento de Barueri.
Agora, na segunda etapa, as obras a cargo da Sabesp trazem mais benefícios permanentes à população da Região Metropolitana. Os objetivos são: aumentar a quantidade dos esgotos tratados, encaminhando o maior volume possível de esgotos às Estações de Tratamento estender o serviço de coleta de esgotos a mais 400 mil famílias, aumentando o índice de atendimento na RMSP para 90%; e controlar a emissão dos efluentes de mais 290 indústrias.

Benefícios do Projeto

Os ganhos são muitos: benefício direto a cerca de 1,2 milhão de pessoas com a coleta de esgotos, geração de 75 mil novos empregos, durante a execução do Projeto, e criação de empregos permanentes. Haverá o monitoramento da qualidade das águas do rio Tietê e seus afluentes e melhora das condições sanitárias para 17,5 milhões de habitantes da RMSP, além dos municípios do Interior do Estado banhados pelo Tietê. Em saúde pública, haverá redução de custos em medicina corretiva, diminuição de doenças de veiculação hídrica e queda nos índices de mortalidade infantil.

De 1992 a 1998

O projeto Tietê contou com investimentos do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento. A Sabesp priorizou os investimentos com maior retorno social, através da construção de redes coletoras e ligações, que afastam os esgotos do contato com a população, melhorando assim a saúde dos habitantes da região metropolitana.
Dentre as obras executadas, destacam-se:
* Estação de Tratamento de Esgotos São Miguel, com capacidade de 1,5 m3/s, inaugurado em junho de 1998·
* Estação de Tratamento de Esgotos Parque Novo Mundo, com capacidade de 2,5 m3/s, inaugurado em junho de 1998·
* Estação de Tratamento de Esgotos ABC, com capacidade de 3,0 m3/s, inaugurado em junho de 1998·
* Ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos Barueri, que teve a capacidade aumentada de 7,0 m3 /s para 9,5 m3/s e foi inaugurada em outubro de 1998·
*Redes de Coleta - 1.480 km·
* Ligações Domiciliares - 223.000 unidades·
*Coletores-tronco - 270 km·
* Interceptores - 31,3 km

Benefícios Alcançados com a Conclusão da Primeira Etapa·

* Elevação da Qualidade de Vida·
* Ganhos para a Saúde Pública·
* Melhoria do Meio Ambiente·
* Aumento da Disponibilidade de água Potável·
* Possibilidade de Implantação do Reuso da água.

Tratamento de Esgotos - Números do Sistema Principal

O Sistema Principal de Esgotos da RMSP é constituído por cinco Sistemas de Tratamento, e compõe-se ainda de 130 km de interceptores, sifões, travessias e emissários com diâmetros variando de 0,60 m a 4,50 m e trata atualmente 11.000l/s, beneficiando uma população de aproximadamente 6.500.000 habitantes.

* Vazão média de esgoto tratado = 11.000 l/s (ano de referência: 2000)
* População equivalente de atendimento = 6.500.000 habitantes
* Carga orgânica removida = 168.000 kg DBO/dia
* Carga de sólidos em suspensão removida = 133.000 kg SST/dia Remoção de carga orgânica = 90 a 95%
* Quantidade de lodo produzida = 229 t/dia
* Potência instalada = 63.000 kVA
* Consumo de energia elétrica = 1.765.729 kWh

Estação de Tratamento de Esgotos ABC

Tem capacidade instalada para tratamento de 3.000 litros de esgoto por segundo, atendendo 1.400.000 habitantes.

Estação de Tratamento de Esgotos Barueri

Tem capacidade instalada para tratamento de 9.500 litros de esgoto por segundo, atendendo 4.460.000 habitantes. saiba mais

Estação de Tratamento de Esgotos Parque Novo Mundo

Tem capacidade instalada para tratamento de 2.500 litros de esgoto por segundo, atendendo 1.120.000 habitantes.saiba mais

Estação de Tratamento de Esgotos São Miguel Paulista

Tem capacidade instalada para tratamento de 1.500 litros de esgoto por segundo, atendendo 720.000 habitantes. saiba mais

Estação de Tratamento de Esgotos Suzano

Tem capacidade instalada para tratamento de 1.500 litros de esgoto por segundo, atendendo 720.000 habitantes. saiba mais

Disposições Finais

A disposição final dos resíduos gerados no processo de tratamento de esgotos é um problema que vem se arrastando há vários anos e que tende a crescer a medida em que são ampliadas as capacidades dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos instalados.
A disposição final do lodo de esgoto pelas suas próprias características qualitativas e quantitativas, é uma dos principais problemas que envolvem uma estação de tratamento de esgotos. Entre as diversas opções para o equacionamento do problema, a mais comum envolve a digestão anaeróbia seguida de desidratação e destinação final em aterros sanitários.
Atualmente, os lodos produzidos são encaminhados aos aterros sanitários da Prefeitura Municipal de São Paulo para co-disposição com os resíduos sólidos urbanos. Este esquema de disposição é decorrente de um convênio em Outubro de 1994 entre as duas entidades, SABESP e PMSP. De acordo com o contrato, a prefeitura receberia o lodo gerado nas ETE´s em troca do tratamento do chorume - líquido percolado gerado nos aterros municipais.
De forma geral, os resíduos do processo de tratamento têm tido uma disposição final baseada no conceito de resíduo a ser descartado, e não como subprodutos de interesse comercial. O efluente final tratado é lançado nos rios, o biossólido é disposto em aterros, e no caso do gás; há queima sem aproveitamento energético.
Os subprodutos gerados em ETE´s podem ser divididos em três grandes categorias:
* Biossólidos - lodos de esgoto
* Biogás - gás de esgoto
* Água de Reuso - efluente final
A reciclagem destes subprodutos e sua posterior comercialização têm sido uma das principais preocupações da Unidade de Negócios de Tratamento de Esgotos, que tem avaliado as possíveis alternativas de engenharia para o tratamento de forma economicamente atraente e de menor impacto ambiental, para cada um destes subprodutos produzidos, reduzindo o custo de disposição além de propiciar ganhos ambientais e aumento de receita para a SABESP.

Fonte: www.riotiete.com.br