Vulcões
e Cuestas Basálticas
À
seguir, o curso do Tietê tem muitas corredeiras e cachoeiras. Esse
é o trecho da frente das Cuestas Basálticas, que domina
quase todo o oeste da Depressão Periférica e desaparece
apenas na região de Barra Bonita, onde dá lugar a um terreno
mais baixo.
As áreas mais altas dessa região são resistentes
aos agente erosivos do que toda as demais da Depressão Periférica.
A presença de fraturas predominantemente verticais resultou na
formação da chamada frente das Cuestas Basálticas,
onde a erosão moldou tanto escarpas e encostas, como um plano superior
com inclinações suaves em direção ao interior
da Bacia Sedimentar do Paraná.
As rochas duras dessa região são denominadas basaltos, e
têm algo entre 130 e 150
milhões de anos. Elas se originaram de grandes fissuras nos vulcões
que, que naquele período, surgiram na Bacia, cortando todo o pacote
de sedimentos então depositados. Este fenômeno, o vulcanismo,
repetiu-se inúmeras vezes. Hoje, isso pode ser comprovado pelas
camadas sobrepostas e pela presença de arenitos eólicos,
material sedimentar de origem desértica, intercalados entre as
diferentes camadas de lavas. Em alguns pontos, a espessura total desses
derrames atinge cerca de mil metros.
Em vários pontos da Bacia Sedimentar do Paraná, força
desenvolvida pela manifestação vulcânica também
resultou na formação de fraturas de menor porte. Com espessuras,
direções e inclinações variadas, elas foram
preenchidas por lavas basálticas que se consolidaram em seu interior,
formando estruturas denominadas diques-quando cortaram as camadas de sedimentos-,
e sills- quando se alojaram entre as camadas de rochas sedimentares. Os
diques, sills e derrames basálticos são constituídos
por rochas duras que, portanto, oferecem muita resistência ao trabalho
de erosão do rio. Por isso é que o Tietê, nesse trecho,
tem inúmeras corredeiras e cachoeiras. |