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As
extensas várzeas do vale do Tietê apresentavam grande
diversidade biológica. Como são áreas que ficam
periodicamente alagadas, as espécies que nelas viviam precisavam
estar entre aquelas que se locomovem adequadamente tanto dentro
como fora da água. Entre elas havia animais carnívoros,
como o mão-pelada e o gato-mourisco, que se alimentavam basicamente
de anfíbios, peixes, insetos e aves aquáticas; animais
como a capivara e o cervo-do-pantanal, que se alimentavam de folhas,
frutos e vegetais aquáticos; e répteis, como a sucuri,
surucu-do-pantana e a jararacuçu-do-brejo.
Atualmente, restam apenas poucos trechos de todas as formações
e poucos dos animais que nelas viviam. No caso específico
das várzeas, estas estão quase todas destruídas,
embora ainda ocupem uma área extensa no reservatório
de Nova Avanhadava, onde também há uma razoável
variedade de animais, inclusive alguns em extinção,
como o jacaré-do-papo-amarelo, o tuiuiú e a lontra.
As águas do Tietê apresentavam, ainda, um nível
elevado de piscosidade, e a variedade de peixes existentes antes
das barragens era muito mais rica do que a atual. Assim mesmo, incluindo
os peixes que se utilizam dos afluentes do Tietê para se reproduzir,
cerca de 78 espécies foram recentemente registradas na sua
bacia hidrográfica. |
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