Memorial do Rio Tietê

Tietê

A cidade, hoje em dia, é um marco no trajeto do velho Anhembi: em Tietê, antes de poluir-se novamente, o rio volta a ficar bastante limpo, oferecendo passeios a seus visitantes. E festas: as do Divino, onde acontece o "encontro de barcos" e o "batuque à beira do rio", estão entre as que atraem os moradores de toda redondeza.

O primeiro núcleo de Tietê surgiu no final do Século XVIII, há cinco léguas, por barco, Porto Feliz. O então arraial da Santíssima Trindade de Pirapora do Curaça ganhou seu primeiro nome em alusão ao curaça, a "cachoeira de onde brotavam pedras no meio do rio". Surgiu um ancoradouro de canos que partiam para Mato Grosso, foi elevado à vila de Santíssima Trindade de Pirapora em 1845, e à cidade de Tietê, em 1867. Seu passado acha-se gravado nas ruas e casarões ainda existentes, e nos argolões incrustrados nas pedras para amarração dos barcos no rio.

A terra de Cornélio Pires, o contador de casos caipiras que escreveu livros, produziu discos e foi admirado por Mário de Andrade, Amadeu Amaral, Sílvio Romero e Tristão de Athaíde, tornou -se, com o tempo, grande produtora de açucar, aguardente e atualmente, café.