Nos
tempos coloniais, entre 1610 e 1750, Itu, Ytu ou Utu-guaçu, como
era originalmente chamada em alusão à "cachoeira grande"
que o Tietê formava em suas vizinhanças, foi um ponto de
apoio e ligação na vasta rede rios e caminhos criados para
a expansão paulista em direção a Minas Gerais, Mato
Grosso, Goiás, Paraná e todo sul do pais.
O povoado começou por volta de 1610, quando Domingos Fernandes
e Cristóvão Diniz abandonaram o bandeirismo pela agricultura,
e mandaram erigir uma capela dedicada a Nossa Senhora da Candelária.
O povoado desenvolveu-se em torno da capela, foi elevado a vila em 1657
e a cidade 1842.
Uma
das mais ricas e prósperas localidades paulistas, o desenvolvimento
de Itu, durante o Século XVII, deveu-se principalmente às
bandeiras organizadas para pegar índios ou buscar metais e pedras
preciosas; durante a primeira metade do Século XVIII, às
monções que seguiram interior adentro pelo curso do Tietê,
partindo de Porto Feliz mas organizando-se em Itu; durante o Século
XIX, a cidade tornou-se um grande centro açucareiro e depois, cafeeiro.
Embora tenha sido agraciada como Fidelíssima pelo Imperador D.
Pedro, por tê-lo apoiado e outorgado o título de Defensor
Perpétuo do Brasil, Itu transformou-se, paradoxalmente, num forte
reduto republicano. Foi lá, em 1873, que se realizou a Convenção
Republiucana, dando origem ao PRP-Partido Republicano Paulista, que teve
atuação decisiva na derrubada do Império.
Atualmente, no casarão azulejado onde foi realizada a Convenção,
esta instalado o Museu Republicano, uma das grandes atrações
da cidade ao lado da igreja de Nossa Senhora da Candelária, com
seu interior barroco de talha dourada e quadros de alguns dos maiores
pintores paulista dos tempos coloniais, como o Frei Jesuíno do
Monte Carmelo, além dos trabalhos de Almeida júnior e do
mulato Guilherme. |